Boletim de Avaliação Institucional

Thursday, November 03, 2005

Auto-avaliação institucional do UNI-BH proporciona reflexão, autocrítica e ações para superar dificuldades

Júnia Leticia

Coordenador da Comissão Permanente de Avaliação Institucional (Copavi) e Pró-Reitor Administrativo-Financeiro do Centro Universitário de Belo Horizonte, o professor Eduardo Soares de Oliveira destaca aspectos positivos desse processo.

Com qual objetivo a Avaliação Institucional começou a ser realizada em 1998?


Na verdade, a Avaliação Institucional como projeto e processo teve início antes de 1998. Na antiga Fafi-BH, que se transformou em UNI-BH, foram promovidas atividades de avaliação institucional que se tornaram sistematizadas em 1998. Naquele ano precisávamos descrever e analisar as condições internas, bem como realizar uma auto-avaliação diversificada, com abordagem das diferentes dimensões organizacionais, como avaliação do professor, da direção, da instituição, do aluno e da infra-estrutura, na ótica do aluno e na ótica do professor. Foram utilizados vários instrumentos com esse objetivo: compreender e analisar a instituição naquele momento com vistas a implementar o processo de sua transformação em centro universitário.

De lá para cá, quais mudanças institucionais têm-se verificado no UNI-BH?

A partir da auto-avaliação institucional – que aconteceu de forma sistemática em 1998, 2000, 2001 e está acontecendo em 2002 – temos tido condições de planejar e executar ações enfocando aspectos identificados a partir de índices de satisfação abaixo de 70% nas avaliações realizadas por alunos e professor. Felizmente, em muitos indicadores, os índices de satisfação assumem valores acima de 70%, alcançando até 95%. Por outro lado, temos procurado situar, através dos índices de crítica ou insatisfação acima de 30% por parte dos usuários, sejam alunos ou professores, aqueles indicadores que demandam ações de aperfeiçoamento ou de correção de falhas. Procuramos, então, a partir desse diagnóstico, permitido com a avaliação institucional, estabelecer ações administrativas e acadêmicas de melhorias.

Como a comunidade acadêmica discente e docente recebeu a implantação da Avaliação Institucional?

A comunidade acadêmica, sobretudo a discente, teve um crescimento muito grande. Quando iniciamos o processo tínhamos aproximadamente 5.500 alunos. Hoje estamos com cerca 14 mil. O que isso tem a ver com o processo? Apesar de estamos fazendo uma auto-avaliação anual, talvez não identifiquemos exatamente o posicionamento de avaliação, há novos universitários avaliando e que não tinham a referência de uma situação anterior na instituição. Entretanto, o que podemos perceber é que tem havido uma sensível melhoria dos índices de satisfação quanto aos indicadores que apareciam como insatisfatórios. Esse dado foi verificado a partir dos alunos que iniciaram cursos em 1998, quando estavam nos primeiros períodos e que ainda participam do processo de avaliação. Fazendo uma comparação entre as avaliações institucionais realizadas em 1998, 2000 e 2001 observamos um gráfico ascendente em muitos indicadores de qualidade. Outros ficaram estabilizados e, felizmente, não observamos uma queda significativa. Os resultados oscilam mas mantêm valores de satisfação superiores a 70% na maior parte dos indicadores. Portanto, esses resultados mostram que os esforços do UNI-BH têm gerado melhorias, em alguns casos, mais acentuadas e em outros, menos.

Quais os benefícios trazidos à instituição com a avaliação?

O mais importante é o momento em que a instituição com um todo é avaliada sob várias óticas e por vários segmentos: docente, discente, administrativo, de gestão, dentre outros. O processo de auto-avaliação proporciona à instituição um momento de reflexão, de autocrítica. Esse é um diagnóstico essencial. A partir da avaliação, pode-se planejar, definindo o que é primordial. Considerando os aspectos identificados como críticos por alunos e professores, consegue-se estabelecer uma ordem de investimentos, a fim de recuperar aquilo que está gerando insatisfação e de desenvolver novos processos educacionais com excelência.